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03 novembro 2011

cap 5: A Criação

CONCEITOS INICIAIS

Do Dicionário Léxico (internet).
Criar é:       1- fazer uma coisa nova
2- educar (ex: criar os filhos)
3- promover a reprodução (ex: criar galinhas)
Sinônimos de criar: compor, conceber, fabricar, gerar, imaginar, inventar e produzir.

Emanar é:
1- Espalhar-se em pequenas partes, desprender-se, emitir-se.
2- Decorrer ou ter origem em algo, nascer ou resultar de.
Sinônimos de emanar: derivar, lançar, proceder, provir, vir.

Teologicamente - Deus é eterno, não muda, é 'ser' em potencial, sempre criando. Supomos que Deus pense em algo, imediatamente este algo se torna existente no mundo físico como algo novo, mas não é novo na mente de Deus. Então teologicamente criar é fazer existir, é dar vida material, sem que aquele que cria perca substância. Deus não perde sequer uma minúscula parte de si, porque Ele é imarcescível, não muda nem diminui nem aumenta nem murcha. Ele cria, e dele nada emana.


AS NATUREZAS NA CRIAÇÃO

Síntese: Na criação há duas naturezas a material e a espiritual.

Comentário 1:
       A criação é a vida que se materializa a partir da ação da substância única, que é Deus. Ele também pode ser conhecido por suas características, como ser, vida, bem, verdade, amor. A criação é viva e finita, ou seja, precisa ser sustentada. A criação recebe a vida de Deus, mas a vida não sai de Deus porque Deus a cria (faz surgir do nada), e a mantém. A sustentação também é chamada de providência e procriação.
O universo contém galáxias, estrelas, planetas e em especial a Terra. Nela há minerais, água, ar, vegetação e animais; e entre eles o homem. Tudo com vida, e a vida é ciência de Deus. Conhecer esta ciência é adquirir consciência. Esta ciência é a engenharia, forças, movimentos e equilíbrio do universo. Os minerais se diferenciam por seus átomos e cristais. Os vegetais, em formas, flores e frutos; em beleza, cores, sabores e perfumes. Os animais têm graça e vitalidade. Mas só Deus é substância infinita, e sua eternidade não é de tempo, mas de domínio e poder. A criação é finita, se deteriora, e acaba.
              As coisas criadas podem ser:
1- quanto à natureza: material ou espiritual.
2- quando a aparência: visíveis ou invisíveis.
       A criação visível são os homens, os animais, os vegetais, os minerais, os astros e as estrelas. As invisíveis são energia, ondas, magnetismo, vibração, pensamento. Todos são de natureza material. As coisas espirituais são imateriais e finitas, e são chamadas de espíritos. Existem dois tipos de espíritos os celestiais: anjos ou virtudes criados por Deus, e os espíritos do mundo criados pelos homens.
       Toda criação tem as duas naturezas. A matéria forma o corpo, o espírito dá vida, e sustenta. No homem a união de matéria e espírito forma a alma ou consciência.
       Antigamente acreditava-se que só o visível era matéria, e o invisível era espírito, e ainda hoje muitas pessoas pensam assim. Mas tudo que depende de matéria para existir é matéria, mesmo que seja invisível, como o átomo, a célula, a vibração, a energia, o magnetismo, o pensamento. O que é espiritual não tem nada de matéria, nem depende dela para ser. É desconhecido, e não pode ser estudado, nem medido. É metafísico, estão fora do mundo físico, e por isso são chamados de espíritos.

A criação pode ser:
1) quanto à natureza: material e espiritual.
2) quanto à origem: divina e humana.
3) quanto ao caráter: bem e mal.
4) quanto ao ser da substância: infinita e finita.

Tipos de criação:
1) Origem humana e material: É invenção, tecnologia e mutável.
2) Origem humana e espiritual: É técnica, ilusória, emotiva e mídia.
3) Origem divina e material: É criação, científica e natural.
4) Origem divina e espiritual: É ciência, racional, eterna e sensível.
5) Só Deus é substância e infinito.

       A substância infinita subsiste por si, e é ‘ser’, verdade e criação. A substância finita não subsiste, e é ‘estar’, realidade e criatura. As ciências do homem vêm de Deus pela natureza (material), onde são descobertas e estudadas, e pela natureza espiritual vêm o entendimento delas. A descoberta vem de Deus, e ocorre quando um espírito mostra ao homem a ciência, e inspira sua aplicação. A invenção vem do homem que estuda a natureza, depois copia a técnica. Não há objeto espiritual, mas espíritos que fazem o homem ter ideias, e imaginar coisas.

Comentário 2:
Os limites entre o espiritual e o material.
       Sabe-se que é material tudo o que é físico, seja visível ou invisível. É errado pensar que por ser invisível não é matéria, então energia, magnetismo, vibração, ondas, calor, som, luz, ar, éter e outros elementos são matérias, e pertencem ao mundo físico.
       Já as ações humanas são comandadas por espíritos, que atuam na vontade do homem, e inspiram o que fazer. Estes espíritos podem vir de Deus ou do homem. As ações que vêm de Deus são espirituais e boas, pois são feitas por amor sem nenhum interesse. Ações que vêm do homem são más, interesseiras e materialistas, e são frutos da vontade humana. Exemplos.
- Dar comida ou dinheiro ao faminto é espiritual, mas se for para que ele saia da frente da casa, ou poque se acha bom, passa a ser material.
- Fazer orações, sacrifício físico ou atividade religiosa é espiritual, mas se for para obter algo tal como milagre, salvação, passa a ser material.
- Fazer caridade pensando em obter uma graça, ir para o céu, reencarnar melhor, ser curado, ser abençoado, prosperar é material, porque a caridade (espiritual) é dar sem receber nada em troca.
       Aqui volto a falar sobre a natureza dos anjos. Os anjos são as mensagens (virtudes, bênçãos ou graças) vindas de Deus para ajudar as pessoas, que podem escolher, aceitar ou rejeitar. O materialista só identifica a 'bênção' de Deus (anjo) quando há ganho material, como saúde, prosperidade, sorte no amor e nos negócios. Assim sob o aspecto humano pode-se dizer que existem anjos bons e maus. Os anjos bons são espirituais e verdadeiros. Os anjos falsos são criação do homem materialista, são os demônios.

Comentário 3:
Monoteísmo e panteísmo.
Há uma corrente filosófica religiosa, o panteísmo, que diz que tudo tem substância eterna, e está unido a Deus (Deus Uno), portanto é parte de Deus. Não há criação, mas emanação de espíritos puros, e Deus é o local onde estão os espíritos e puros. Os espíritos puros vibram unidos (na mesma frequência), e emanam deste 'local' gradual e ordenadamente, e em ciclos, se materializam  até a condição humana. Passam por vários estágios através de encarnações. É a expansão cósmica ou queda e degeneração dos espíritos. Quando todos deixam de ser puros, começa o retorno dos primeiros que se purificam, é o ciclo de evolução ou contração cósmica.
Esta filosofia se classifica como espiritualista, mas confunde vibração com espírito, porque na antiguidade se chamava de espírito tudo que era invisível. Fala de encarnação e materialização, e isto é materialismo. No monoteísmo, Deus é Único (e não Uno), porque é a Única substância (Único Ser eterno). É eterno e imarcescível, nada emana dele, porque ele não se altera. Toda criatura tem um contato com o divino, pois ela tem as leis que a criou (o DNA e os instintos), e a sustenta e recria, como prova de filiação ao criador.


A CRIAÇÃO

Síntese: O poder de Deus em ação cria coisas, conforme a ciência que lhe é apropriada.

Comentário 1:
Para o homem criar alguma coisa, ele tem a ideia, projeta-a e depois executa. Para criar precisa-se de conhecimento (ideia e projeto) e ação (execução). O homem cria quando um espírito lhe dá ideia do que criar. Por exemplo: para fazer um bolo, o espírito dá a ideia do bolo, a receita deve ser conhecida, quem teve a ideia entra em ação, e faz.
Tudo o que existe foi criado pelo poder de Deus, com sua ciência e Espírito. Deus é fonte de toda ciência e princípio de toda ação. Quando a ciência entra em ação há criação. O conhecer reage com o saber, e cria conforme o que sabe, e conhece. Deus é infinito, tem a ciência de tudo. Seu espírito é sempre ativo em criação e procriação (sustentação). A criação tem as formas e as características dadas pela ciência que lhe deu origem, e lhe individualiza. A criação não é Deus, nem é parte dele, nem sai dele, nem evolui dele, mas é consequência (obra) de seu Ser.
A criação forma a realidade material visível ou sentida (sensível). É finita, e precisa ser sustentada por Deus a cada instante (procriação). Mas a ciência e a ação são poderes de Deus, imutáveis, infinitos e eternos, não variam, são sempre os mesmos. Não se desgastam, e formam a Verdade (absoluta). Assim o poder infinito e imutável de Deus é o criador, e a criação é a realidade temporal e mutável.

Comentário 2:
Degeneração e evolução.
A base de toda matéria é o átomo, e sua estrutura segue as leis da criação dos átomos. Variando-se a quantidade de elétrons, formam-se substancias diferentes. Os átomos não se reproduzem, e são estáveis (exceto os radioativos). Ligando-se átomos específicos formam-se moléculas específicas. Juntando-se moléculas adequadas, forma-se a célula, que é a base da vida. Os átomos não se reproduzem, mas as células, que são feitas de átomos se reproduzem. Como isto é possível? Como pode um conjunto de átomos, organizados aleatoriamente se reproduzir? Pode ser que as células não se formam aleatoriamente, mas são criadas segundo uma lei que prevê sua reprodução. Na reprodução, transmitem uma carga genética contendo esta lei, e esta genética não se altera, mantendo a espécie estável.
Há diferenças entre os indivíduos de uma espécie, pois numa crise uns sobrevivem, outros morrem, dependendo destas diferenças. É a seleção natural, onde sobrevive o mais adaptado (não o melhor). Neste caso a espécie empobrece, porque perde as características ‘frágeis’ dos que não sobreviveram. Isto é degeneração, que persistindo poderá formar uma subespécie, e até levar à extinção da mesma. Neste caso não houve evolução, mas degeneração da espécie.


A CRIAÇÃO UNIVERSAL

Síntese: Para existir precisa-se de ideia, projeto e obra.

Comentário 1:
Teorias sobre a criação do universo:
                 1- Teorias bíblicas da criação e da determinação             
                 2- Teorias da evolução ‘espiritual’ (diversas).

Teorias sobre a criação dos seres vivos:
São as mesmas da criação do universo, incluindo-se:
          3- Teoria da evolução das espécies ou biológica (Darwin)


Análise destas teorias.

1- Teoria bíblica da criação (criacionismo e determinismo).
       a) Deus criou tudo já adulto (criacionismo) em seis dias, e no sétimo descansou.
       b) Deus criou tudo na forma embrionária (DNA), e a partir daí tudo se desenvolveu (determinismo).

Deus teve a ideia de criar o universo e a natureza.
Criou o princípio dos céus (o espaço) e da terra sem forma e vazia (a matéria).
Com sua Palavra e Espírito:
No primeiro dia criou a luz.
No segundo criou o céu terrestre (a atmosfera).
No terceiro criou os continentes, mar e vegetação.
No quarto criou fez os astros e estrelas, os dias e noites (o movimento dos astros).
No quinto criou os seres vivos por espécies.
No sexto criou os animais domésticos e o homem.

Fez o homem sua imagem e semelhança.

       Há uma polêmica entre os estudiosos sobre a tradução dos primeiros versos do livro do Gênese. O livro diz:
‘No princípio criou Deus os céus e a terra. E a terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo; e o espírito de Deus se movia sobre a face das águas. E disse Deus: haja luz. E houve a luz’.
            Minha versão: Deus pensou criar os céus e a terra. Uma terra descaracterizada e desabitada, onde nada se conhecia. O Espírito de Deus (entendimento, saber) se movia (aguardando ordens). Deus disse com conhecimento (ciência passiva): Faça a luz. E seu espírito (ciência ativa) fez aquilo que haveria de ser luz. Contou-se o primeiro dia da existência.

2- Teoria da evolução biológica das espécies, baseada em Darwin.
       A natureza foi criada por evolução aleatória (não ciente, sem ciência!!) a partir da reação de Carbono e Hidrogênio formando as primeiras moléculas orgânicas. Com o tempo, elas se agregaram até formar proteínas, e depois células. Este foi o primeiro ser vivo. Ele se multiplicou, evoluiu, formou outros seres unicelulares, que evoluíram para seres mais complexos. Durante o processo houve a diversificação de espécies até chegar aos animais e ao homem. Não se sabe se isto continua acontecendo nos dias de hoje.

3- Teoria da evolução ‘espiritual’ (reencarnacionismo)
a) Preâmbulo.
A evolução espiritual é um agrupamento de crenças antigas ensinadas até hoje por ocultistas e esotéricos, que as mesclam com a teoria de Darwin. Acho que Darwin foi influenciado por estas crenças, mas hoje elas estão separadas. A teoria de Darwin é considerada científica, mas as crenças não.

b) O que é a evolução espiritual?
No princípio os espíritos são puros, e vibram unidos numa mesma frequência formando uma consciência una (caós). Alguns começam alterar a vibração, perdem a pureza, e se desunem, é o processo de ‘queda’ dos espíritos. Muda a vibração, e se materializa nas formas: etéreas, vento, turbilhão de vento, turbilhão de fogo, como corda de coalho de leite, como corda de ovas de peixe, como sequencia de ovos de ave, filas de seres angélicos, linha de anjos e finalmente homens. Cada estágio emana corpos de acordo com o carma, passando a formar o cosmo.
       Quando na forma de planetas evoluem por sete continentes.
       O espírito deixa a consciência pura, e passa por ciclos de formação (ronda). Cada ciclo tem sete rondas, cada ronda tem sete raças, cada ronda dura um yuga. A formação material (rondas) passa pelas fases: vibração, mineral, vegetal, animal e humano. A formação espiritual (as raças) passa por: ser divino, anjo, anjo-humano e humano. O espírito evolui por reencarnações sucessivas, e quando todos retornam à consciência pura termina o ciclo, e se inicia novo ciclo. A formação é a fase ativa, ou expansão. O retorno à consciência (pralaia) é a purificação ou evolução espiritual. Segundo a crença, hoje se está próximo ao mavantara (máxima expansão) continente 5, ronda 4 e raça 5.

c) A Bíblia não fala de encarnações, pois ela trata do homem psicológico (alma). Mas a parte material do homem é explicada pela própria ciência, por isso faço a tabela abaixo explicando as fases do ciclo da encarnação. Comparo as fases do homem com o ciclo das encarnações, para provar que a teoria da reencarnação é uma interpretação errada dos antigos ensinamentos biológicos.

             Ciência             fase de encarnação
Vontade dos pais        fase angélica da criança
Gestação da criança    fase mineral
             Infância          fase vegetativa
           Adolescência    fase humana primária
             Juventude       fase humana em aprendizagem
             Maturidade     fase homem máximo
             Pré velhice      início do retorno (desaprendizagem)
                 Velhice       fase vegetativa
                   Morte        fase mineral

               Pós morte      fase angélica


Comentário 2:
Comparação das teorias.
       A teoria da evolução diz que de uma célula formada aleatoriamente, evoluíram todos os seres vivos. Darwin não conhecia cromossomos, nem genética, pois foram descobertos pelo padre Gregor Mendel, contemporâneo de Darwin. Analisando as primeiras células.
                              1- Surgiram células sem DNA?
                              2- Surgiram células com mesmo DNA?
                              3- Surgiram células com DNA’s diferentes?

Caso 1- Segundo o que se sabe hoje, uma célula sem DNA é incompleta, e não pode ser chamada de célula.
Caso 2- A princípio o DNA se duplica sem se alterar, então não haveria possibilidade de surgirem novas espécies.
Caso 3- O surgimento de diversos DNA’s completos só pode ser considerado aleatório se estivesse acontecendo até os dias de hoje.


          O criacionismo fala do período que Deus criou os primeiros seres, e concluiu a criação, daí em diante só teria a sustentação do que foi criado. Esta teoria me parece mais adequada. E ela se mostra ainda mais adequada se se considerar os gêneros, os cromossomos sexuais e as formas de reprodução. Tudo sempre da mesma forma (por espécie), descaracterizando a aleatoriedade. Deus criou os seres vivos cada qual segundo o DNA da espécie, e isto é válido até os dias de hoje, pois não há reprodução entre espécies diferentes.
           Qualquer abordagem leva ao criacionismo. Para haver evolução ela deveria ocorrer sempre, até os dias de hoje, surgindo novos seres, formas e gêneros aleatórios de acordo com o meio ambiente. Não se ouve falar que isto ocorreu nos últimos 10 mil anos. Só se fala em extinção de espécies.
           A genética foi estudada por Mendel na época de Darwin (1836), mas não se conhecia célula, nem cromossomo. Na época não existiam microscópios, e por isso Darwin pensou em células iguais. Um erro que resultou nesta confusão. Pior é que cientistas de hoje, por razões de crença, trabalham ao contrário da ciência para provar a evolução.
          Mesmo considerando a evolução das espécies, dizer que o homem vem de macacos é piada. Porque não o inverso? O macaco ser uma degeneração do homem, já que se encontra degeneração na natureza. Mesmo assim concluo que homem é homem, macaco é macaco, mesmo que no princípio viveram juntos, cruzaram entre si, mas não reproduziram.

Comentário 3:
Minha teoria: ‘Teoria das grandezas divinas’.
Deus criou tudo. Do eterno e infinito surge o finito com matéria e forma, dependente do tempo e do espaço. Deus criou, e sustenta tudo com as mesmas leis, e faz da criação um moto contínuo em equilíbrio indiferente. E Deus descansou. Este pensamento só é possível num sistema monoteísta, pois a imutabilidade é a perfeição de Deus. Nela não há movimento. Um sistema evolutivo não pode ser sustentável, pois está em mudança contínua.
As grandezas divinas são conceitos identificados pelo homem, mas que o homem não entende. Elas foram criadas no princípio como princípios, elas são: o espaço, o tempo, a matéria, e as leis (fundamentos científicos). A fronteira do universo é determinada pela auto atração da matéria em equilíbrio, cujo domínio define o espaço e o tempo, onde não há nada de matéria só espaço intra atômico. O nada material é espírito, e a atração é o amor. O universo material está imerso (não unido) no todo espírito (não matéria), atraído pelo amor. Assim é o infinito de Deus.

Como se percebe o universo?
O Sistema Solar é formado pelo Sol, e seus planetas, que se equilibram por atração entre si no mesmo plano. É um sistema plano, assim todos os sistemas estelares devem ser planos.
A nossa galáxia, Via Láctea, é formada por inúmeras estrelas, e se caracteriza por um giro em espiral. Os sistemas estelares são planos reversos que se atraem, e se rejeitam, e se equilibram. Quando há muita atração, ficam em paralelo, e se fundem em um. No caso de rejeição giraram sobre seus eixos, se equilibram, e se movem de forma reversa.
A galáxia tem uma forma espiral, quase plana, como uma placa. O universo é um volume, e as galáxias são como placas reversas flutuando neste volume em equilíbrio gravitacional. As galáxias e os sistemas não se deslocam para uma direção no espaço, conforme se crê hoje. Todo o movimento é causado pelo equilíbrio de gravidade entre si. O universo não tem forma nem limites, é infinito, não infinito linear (de -∞ a +∞), mas infinito sem limites. Um infinito de domínio de gradiente gravitacional. Crê-se que o universo pulsa, mas não há variação de entalpia (expansão) ou entropia (contração), então ele não pulsa. O que há são variações energéticas no interior, e movimentos entre galáxias e sistemas, que flutuam porque estão vivos. Dizer que o universo se expande e se contrai é como dizer que o mar se expande e se contrai devido às marés.
A quantidade de galáxias deve ser fixa para que haja equilíbrio. Por isso, se um sistema ou galáxia morre, sua energia é absorvida até que se forme outra, mantendo-se a energia total. Uma estrela pode se expandir, e se diluir no espaço em subprodutos da fricção atômica (partículas, Hidrogênio e Hélio). Íons de Hidrogênio podem se unir formando Hélio, e ocupar 'vazios' sideral. Mas não há vazios. Há vazios intra atômicos. Há pontos com maior ou com menor concentração de átomos no espaço, e estão espalhados entre as galáxias. Pode haver átomo que domine volume maior que a Terra! A teoria mais nova é que o universo é ocupado por matéria escura, mas não é porque o espaço inter galáctico é transparente, e permite ver a luz das estrelas a olho nu. A cor escura é o pano de fundo da fronteira do universo, que é como se o universo fosse embrulhado por um papel preto. O preto é a cor do nada, é a cor dos espaços intra atômicos dos átomos fronteiriços. 
universo tem dinâmica semelhante à da atmosfera terrestre, ou melhor, como na meteorologia, onde uma zona de alta pressão e outra de baixa flutuam, se tocam, criam frentes, mas não se compensam. No universo, pontos de maior densidade, quando comprimidos formam nuvens, e até novas estrelas. Uma galáxia sofre compressão dando um ‘buraco negro’. Não é um buraco, mas um 'furacão sideral' onde a galáxia muda sua forma de placa para tubo, canaliza sua energia para outra região do espaço com pressão menor, e ali forma nova galáxia. De fato foi um deslocamento espacial de massa.


A CRIAÇÃO DA VIDA

Síntese: A criação da vida é a fusão de conhecimento (matéria) com entendimento (espírito).

Comentário 1:
Ciência X religião.
Tudo o que existe tem vida, e a existência é prova de vida. A vida é o ‘movimento’ do que existe. Ela é criada pelo poder infinito de Deus, que lhe imprime leis, e lhe especifica segundo sua ciência (estas leis). O movimento é dado pelo Espírito que vem de Deus, que cria e mantém a criação. As leis específicas vêm da ciência de Deus. Viver é agir conforme a lei. A criatura é a realidade, e sua origem é a Verdade, mas a realidade não é a verdade, é uma imagem dela.
A criação tem dois lados a verdade e a realidade. A primeira é inconsciente (infinita) e a segunda consciente (finita). A Verdade é velada, e precisa ser querida para ser encontrada, vir à consciência, e se tornar revelada. Ela pode ser encontrada na observação e estudo da criação, e resulta em ciências (conhecimento humano). A Verdade é a ciência humana acrescida da crença, pois a crença completa as ciências. As ciências dependem da fé para que sejam reveladas, e há um conflito entre elas, pois uma quer o espaço da outra. As ciências revelam, desmistificam, e reduzem o domínio da crença. Mas quando as ciências se completarem, o que existirá será a crença revelada (religião) com o nome de ciências. Por isso a religião é superior à ciência, porque a ciência deriva da religião.

A Verdade e a realidade são as duas faces da existência. A Verdade é Deus, a perfeição, a vida; é espírito, e sempre vai existir imutável. A realidade é a criação, a natureza, o homem, a matéria. Sua existência é breve, e precisa ser mantida e recriada. O homem precisa de Deus para lhe dar vida, mas ele quer autonomia, e se ilude. A ilusão é espiritual, e se manifesta como erro, tentação, ‘satanás’.  
A Verdade e a realidade são comparáveis a um campo irrigado. Reservatório e tubulação são verdadeiros. A água da tubulação e as plantas formam a realidade, vida passageira e ilusão, que nascem, crescem e são colhidas. A pressão é como um espírito que move a água. Deus dá pressão à água, faz a planta nascer e crescer. O homem é como o adubo colocado na água que entra na tubulação, e não sabe para onde é levado. Assim é o homem, passa pela vida sem saber onde está, e para onde vai. Desconhece a estrutura espiritual que o conduz, e vive cheio de vontade e ilusão.



Comentário 2:
O Espaço e o Tempo.

              Na linguagem da filosofia.
a) O conhecimento forma a matéria. A matéria é luz, volume, forma e ciência. A luz torna visível. O volume dá o espaço. A forma dá a aparência, que dá o belo. A ciência dá as características do ‘ser’.
b) A compreensão dá a existência do que conhece. A existência é vida, consciência, tempo e ‘estar’.
c) Assim a união de compreensão e conhecimento cria, e tudo passa a existir, ser visível e perceptível.


             Na linguagem da religião.
Deus ama (compreende e conhece), e há uma união contínua de compreensão (espírito) e conhecimento (ciência) que cria. A criação não é só de matéria, mas também de espaço, tempo e vida (princípios). O espaço vem do conhecimento, e é definido pela matéria, já o tempo e a vida vêm do espírito que se move. O espírito é ‘nada’ (imaterial), o tempo é ‘zero’ (agora), quando ele move o conhecimento (de tudo) há criação, surge o tempo e a vida de tudo. Deus é infinito, e cria tudo agora, ou seja, antes de existir. Mas a matéria é massa e trevas onde a luz demora em penetrar. E esta demora gera o tempo.
No homem, esta demora em se perceber a si, é um tempo que Deus dá para que ele se perceba, e escolha o modo de viver (comportamento). Quando todos os homens escolherem o que é certo se purificará a criação. Enquanto isso esta demora testemunha a existência de Deus.


Comentário 3:
A Realidade, a Verdade e o Conhecimento.
O ato de criar tem dois lados, a realidade (estar) e a verdade (ser). A realidade não é a verdade e vice-versa. A realidade é a criação, e se compõe de tudo que se move. É movimento, mudança e vida. É de natureza material, porque existe. Já a Verdade são as leis, os fundamentos, princípios, fixos, eternos e imutáveis, sob as quais as coisas são criadas e mantidas. É o que podemos chamar de ‘conhecimento’ de Deus, e é de natureza espiritual.
O ‘conhecimento humano’ é produto do estudo da natureza pelo homem, que descobre as leis que governam a criação (o conhecimento de Deus), e as classifica como física, química, biologia, matemática, engenharia, medicina, etc. Mas o conhecimento humano é formado de partes do conhecimento verdadeiro de Deus (Logos, ciência), e precisa se completar. Há muitas coisas ainda desconhecidas do homem que precisam ser descobertas e estudadas.
Há quem acha que não há leis regendo a criação, e que nem há criação, tudo é resultado de um processo aleatório, de reações sem ciência nem controle. Mas há quem acha que as leis naturais testemunham Deus. Diz o salmo 19:

‘Narram os céus a glória de Deus, e o firmamento anuncia a obra de suas mãos. O dia ao outro transmite essa mensagem, e uma noite à outra a repete. Não é uma língua nem são palavras, cujo sentido não se perceba’.


Comentário 4:
            A Religião
Algumas pessoas acham que as ciências não dependem da fé, mas a maioria das leis da criação (a verdade) é desconhecida, e a curiosidade natural do homem, leva-o a querer explicá-las através do que vê (realidade), e estuda. Começa com uma ideia, uma hipótese (teoria), que é uma crença que deve ser provada. Durante um tempo estuda, pesquisa, testa, até prová-la. E o que era crença passa a ser ciência. O conjunto destas ciências é o ‘conhecimento’ humano. Este conhecimento tem lacunas, que são preenchidas com novas teorias, que seguirão o mesmo processo de descoberta. Entretanto, o homem é vaidoso, e cria muitas teorias que não são provadas, e não passam de crença, falsa ciências ou superstição.

Acho que a religião é o melhor meio de ligar a realidade à verdade, e assim se descobrir as ciências das coisas. Esta ligação homem-Deus depende da fé. O homem estuda e cria teorias, mas Deus dá as ideias, guia através de revelações e descobertas, e explica o desconhecido. A revelação é uma orientação intelectual dada pelo Espírito de Deus àquele que estuda com fé e simplicidade (é o ‘eureca!’). A descoberta é uma doação de Deus, que tira a cegueira do pesquisador (dá uma luz), e o conduz ao objeto encoberto. Mas para isso acontecer é preciso crer em Deus. Os fundamentos científicos conhecidos são da Idade Moderna, e foram obtidos assim, pois nesta época não havia universidades e laboratórios, o que havia era fé e boa vontade do interessado. Hoje em dia tornou-se difícil conciliar ciência humana e ciência divina, devido ao preconceito de que religião é superstição para ignorante. (Quer ignorância maior do que um preconceito?). O que não é verdade. A compreensão religiosa depende do padrão intelectual do aprendiz. Se o aprendiz é ignorante sua religião será ignorante, pois ele a entenderá dentro de sua capacidade. Se ele for sábio, ela será sábia. Se ele for bem formado ela será ciência. Se ele for mau ela será usada para o mal. Porque religião é a ciência do que ainda não foi descoberto. O conhecimento total é a soma das ciências do homem mais a ciência da religião. O conhecimento total tem mais de religião do que de ciências acadêmicas, pois ele é uma característica de Deus. Se Deus é infinito, o conhecimento também é, e isso o torna impossível ao homem, e se torna uma ilusão.

Existem muitos tipos de religiões (melhor dizendo: de crenças) assim como existem muitas especialidades no conhecimento humano. Isto é justo, pois a religião é para todos. Deus é justo, democrático e libertador, e dá chance a todos de procurar uma religião que se adeque ao seu conhecimento e capacidade. A função da religião é ensinar a procurar a origem e o destino das coisas boas até alcançar a verdade, que é Deus. Se a religião se apoiar em superstições e ritos, ela passa a ser crença, mas há quem precisa, aceita e gosta da crença, pelo seu valor social. E quem ignora estas coisas se torna ignorante, mesmo que seja mestre em ciências acadêmicas.


Comentário 5:
A Torre do Conhecimento
Na medida em que as ciências humanas avançam, a religião recua. Porque Deus revela suas leis, e quer que o homem seja conhecedor da verdade. O avanço das ciências dependem das revelações de Deus.
Se definirmos a verdade como sendo o conhecimento completo (tudo do todo), a especialização afasta o homem da Verdade, pois a especialização é o tudo da parte, e não o tudo do todo. Isto é um paradoxo, pois o homem quer chegar à Verdade pelo conhecimento. E este caminho o afasta da verdade, porque aumentando o conhecimento surge a necessidade de se especializar, e assim se perde a visão do todo.
Este paradoxo lembra a lenda da ‘Torre de Babel’, onde no início da construção os construtores falavam a mesma língua, ao atingir a metade da obra falavam línguas diferentes, e não se entendiam mais. Não conseguiram se entender, e não concluíram a obra.

Por exemplo. Na biologia se estuda a árvore, especializa-se na folha, e quando chegar na fotossíntese não se estuda mais biologia, mas química. Sai da forma para a função. A forma vem da criação (conhecimento ou ciência), e a função é sustentação (vida e espírito). O que é físico é compreensível e possível de estudar, mas a vida é incompreensível, metafísica, e vem de Deus. A fotossíntese é o último capítulo para quem estuda a árvore. Mas quem estuda a criação (por Deus), a fotossíntese é o primeiro capítulo, o princípio (a vida), pois Deus poderia ter dito que ‘Toda árvore terá fotossíntese e dela obterá a vida’.
Então as coisas têm duplo sentido (ou pontos de vista), um material, físico, científico, de baixo para cima (análise), e outro espiritual, religioso, de princípios, de cima para baixo (síntese). Se quisermos a verdade, devemos estudar os dois sentidos. Algumas pessoas acham que a vida é Deus na criatura, porque a vida é espiritual, mas ela é dom de Deus.
A este paradigma chamei de ‘torre do conhecimento’, mistura de Torre de Babel com árvore do conhecimento no Jardim do Éden. Ambas tratam da confusão humana. Mas a árvore da vida (saber o que é a vida) tem proteção contra o homem.


Comentário 6:
A Verdade da criação do homem através da análise e da síntese.

Exemplo.
Observando a natureza o homem criou a história natural, que virou as ciências de hoje.
A física, em particular a mecânica, que pode ser:
     Estática: estudo das forças potenciais e inertes.
     Cinemática: estudo dos movimentos (sem matéria).
     Dinâmica: estudo das forças e movimentos no corpo real.

Comparando-se a mecânica ao homem, temos em comum que:
       A força estática é um corpo humano potencial, mas inerte.
       Os movimentos virtuais indicam que o corpo pode se mover.
       A dinâmica é o corpo se movendo por vontade e com vida.

O corpo é potência, capaz de grandes exercícios. Está no campo material, mas a ‘ideia de se exercitar’ não é material, é metafísico e desconhecido, sem ciência, é espírito, que atuando sobre o corpo inerte faz com que ele tenha vontade, vida, e se mova segundo esse espírito. O homem completo, com vida, é a alma. Segundo a Bíblia, o corpo do homem inerte, recebeu um sopro do Espírito de Deus, toma fôlego, torna-se um ser vivo, uma alma vivente. Conclui-se que ciências e Bíblia falam a mesma linguagem, a lógica.
Continuando a explanação. O que dá vida, faz o corpo se ‘mover’ e respirar? De onde vem? O movimento nas plantas, animais, minerais, nos átomos e no homem é algo único, é vida, motivo da existência. A vida é a síntese da criação, que procuramos. O princípio de ‘viver’, o sopro da vida é imaterial, não pertence ao mundo físico, é metafísico ou espiritual. Sua origem não é científica, e a religião chama esta origem de Deus (a vida é dom de Deus, ela é ideia de Deus), que cria, e mantém vivo as criaturas.


Comentário 7:
Deus e a criação.
A potência (poder) de Deus é o seu conhecimento (ciência, palavra, logos). A dinâmica é ação do espírito em Santidade. Criação é ação com ciência. Como estes atributos de Deus são eternos, a criação se dá a cada instante como sustentação das leis existentes, na livre ação de Deus (sua ideia e vontade). A sustentação (providência e procriação) é o Espírito Santo, e 'agora' é o tempo na eternidade que se pode existir, fora do ‘agora’ é passado ou futuro.
Deus disse a Moisés no Monte Sinai ‘EU SOU’ no sentido presente eterno do agora, poderia ser EU ESTOU SENDO, num tempo que não para de ser ‘agora’. Deus criou tudo num piscar de luz. Quando disse ‘haja luz’, criou o tempo, e passou a contar os dias. Para nossa instrução a Bíblia relata a criação em sete dias, não para ensinar a criação, pois isso o homem nunca saberá, mas para ensinar a paciência, que cada coisa tem seu tempo, e ordem de existir conforme a ideia e vontade de Deus.

Comentário 8
Os dois caminhos psicológicos: liberdade e escravidão.
Durante a vida se recebe muitos impulsos de vontade, aos quais se deve resistir até que passem (duram só 30 segundos). Eles se repetirão noutros dias, mas se resisti-los por três vezes, eles não voltarão mais. Lembra-se que Jesus foi tentado no deserto por três vezes, ele resistiu, e venceu. Mas a vontade que não é resistida se repete, e escraviza a pessoa. Uma vez livre de uma vontade, para trazê-la de volta basta executá-la uma vez.
Negando os impulsos de vontade que se apresentam, viver-se-á em negação à realidade, e descobrirá o caminho em direção à liberdade verdadeira e paz, que levam ao Reino. A virtude deste caminho é a humildade, pois ela elimina os desejos fúteis do homem que vêm pelo espírito do mundo, como inveja, orgulho e mídia.
O caminho largo é atraente com muitas ‘coisas’ que trazem vontades, que dão ‘ideias’. O caminho estreito é um atalho que sai do caminho largo, e é imperceptível ao ocupado em coisas. Escolha o caminho que quiser, siga-o com atenção, e encontrará o seu caminho ‘estreito’.


Comentário 9:

Definições de Realidade e Verdade.
Realidade é o movimento da vida (ocupação) no dia a dia. Neste caso o homem estará preso a uma rede de relacionamentos, transformando-o num dos nós da rede, estático e amarrado. Ele também será como um barco com muitas âncoras, e cada relacionamento é uma âncora atirada ao fundo, prendendo-o e deixando imobilizado. A realidade é falsa, e o balanço da rede e do barco faz o homem pensar que ele está em movimento. Quem passa é o vento ou as ondas, mas ele está preso naquele ponto.
Verdade é o autocontrole da vida, ou o cumprimento das leis (de Deus e do homem). Neste caso o homem pode ser comparado a um carro, e a verdade ao freio do carro que o permite governar o carro evitando os 'acidentes' de percurso, e seguir o caminho que se deve seguir, freando e desviando até chegar ao fim. Neste caso a estrada está parada e o carro se move.
A realidade que parece solta e livre, com muitas opções, é imobilizadora, e a verdade que parece imobilizadora porque só há uma, é libertadora.



link com o diagrama da 'criação'.
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