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03 novembro 2011

cap 10: Fé e Obra


Síntese: A fé é a confiança que leva à entrega irrestrita à causa da fé.

Comentário 1:
Fé racional.
        A fé faz crer, e liga o crente ao objeto da fé. Deve-se estudar bem o objeto da fé, pois dele nasce a crença. A fé natural é instinto e emoção, liga o crente à superstição, e isso é mal. A fé não é só para Deus, ela faz crer em qualquer coisa, e torna esta coisa um deus. Por exemplo: um paraquedista acredita e confia racionalmente no equipamento. Crê com toda certeza que ele não falhará. E se entrega ao paraquedas sem medo. Isto é fé. Mas se alguém sem pensar pega um tecido, e usa como um paraquedas vai se machucar, e assim é a superstição. E a pessoa que só pensa e vive para o paraquedismo, faz dele seu deus.
        Dizem que a fé é como caminhar no escuro seguindo o que não vê, e é verdade. Mas se a fé é para Deus, no escuro Ele se torna um farol ao longe que dá a direção. No início parece que se está só no caminho, mas logo percebe outras pessoas caminhando, e de caminhar no escuro passa-se a caminhar na fé. O farol de Deus continua longe e no escuro, mas sua luz mostra o caminho.
        Normalmente o homem diz crer em Deus, mas na hora da entrega se doa a outra coisa que se torna seu deus particular. O homem precisa ter fé pensada para avaliar e escolher o Deus verdadeiro (mas ainda pode não ser o verdadeiro), porque se ensina um deus convencional, e o homem não se converte, se convence. Segue a tradição sem conhecer Deus, pensa que conhece, porque é levado a crer nisso. Por isso a fé e a conversão têm que ser racionais, pensadas, buscadas e queridas, tem que ter ciência.
        Pode-se definir deus como aquele, ou aquilo, ao qual a pessoa se apega e dedica seu tempo. O deus consome o tempo do fiel, que o ama. Pode ser o esporte, o trabalho, uma pessoa, internet. Diz-se: adoro isso, amo isso, não sei viver sem isso, sou fã disso, etc. Estas são declarações de amor aos deuses. Posso afirmar que não existe ninguém ateu, pois se diz ser ateu em relação ao deus tradicional. Só que existem muitos deuses, e o ateu ainda não sabe quais são os seus deuses, mas basta parar, e pensar que descobrirá. A fé verdadeira evita tudo isso, pois quem escolhe com a razão (não com o querer) não se engana. O Deus verdadeiro é único, pois só há uma verdade (uma razão). A verdade é que estamos vivos, temos consciência, e é Deus quem dá, e mantém a vida.

Comentário 2:
Os deuses.
        O homem primitivo deixou de ser extrativista, passou a cultivar, e a criar animais para se alimentar. A seca trazia a fome, e as tribos vizinhas guerreavam para roubar alimentos e água. O homem se sentia inseguro e impotente contra este mal, e precisava de um defensor, forte e poderoso para lhe dar segurança. Isto o levou a pensar, conhecer suas habilidades e fraquezas, e descobrir Deus. Surgiu a crença, depois a fé, a confiança e a esperança em Deus. Pois aquele que tudo criou deve sustentar, proteger e socorrer a criatura.
        O poder de Deus se manifesta pela fé do fiel, pois Deus já criou tudo, inclusive as bênçãos. Tem que se crer e ter fé para que as bênçãos sejam possíveis. Se não se tem fé, como vai receber bênçãos? Mas o homem deve ter certeza de sua fé, confiar no que ele crê, para ser salvo.
        Existem muitos deuses, como: dinheiro, bens, luxo, mitos, ídolos, igreja, sociedades, trabalho, ideologia, magia, jogos, vícios, desejos, poder, sucesso. Ex. Quem quer ganhar na loteria, tem fé no dinheiro. Quem briga porque arranharam seu carro, tem fé nas posses. Quem culpa outro (ex: o demônio) por seus erros, tem fé na injustiça. Quem gosta de ‘se dar bem’, ou do ‘jeitinho’, tem fé no poder. Quem dá tudo para ter o corpo perfeito, tem fé na beleza e luxo. Quem quer curtir a vida, tem fé no mundo.

Veja o que Paulo diz:
Em Ef 5,15s: ‘Vigiai com cuidado sobre vossa conduta: que ela não seja conduta de insensatos, mas de sábios que aproveitam ciosamente o tempo, pois os dias são maus. Não sejais imprudentes, mas procurei compreender qual seja a vontade de Deus. Não vos embriague com vinho, que é uma fonte de devassidão, mas encha-se do Espírito. Recitai entre vós salmos, hinos e cânticos espirituais. Cante e celebre de todo o coração os louvores do Senhor. Renda graças, sem cessar por todas as coisas, a Deus Pai, em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo!’.

Em Ef 6,10: ‘Finalmente irmãos, fortalecei-vos no Senhor, pelo seu soberano poder. Revesti-vos da armadura de Deus, para poder resistir às ciladas do demônio. Pois não é contra homens de carne e sangue que temos de lutar, mas contra os principados e potestades, contra os príncipes deste mundo de trevas, contra as forças espirituais do mal (espalhadas) pelos ares’.

Comentário 3:
Boa fé e falsa fé.
        As pessoas seguem seus ídolos, consultam horóscopo, vão a adivinhos e dizem não ter fé (em Deus), mas se fazem isto é porque creem, e a crença dá a fé. Acham que a fé é só para coisas de igreja. Dizem que Adão e Eva, arca de Noé, travessia do mar a pé, grávida virgem é conto de fadas para criança. Não sabem eles que para se converter o homem deve se tornar criança, renascer de novo, crer no que nem imaginava, para então nascer a fé. E somente a fé leva a entender, conhecer, e saber aquilo que antes nem conseguia imaginar.

Comentário 4:
Justificado pela fé.
            O homem é mau, e para ficar bom ele precisa mudar o modo de viver, mas não é possível voltar a ser bom como ele foi criado. Mas se ele quer e se esforça, ele será justificado (será considerado bom) mesmo não atingindo a bondade. Então se diz que ele foi justificado pela fé e não pela obra.

Comentário 5:
        Para que serve a religião?
        A religião serve para que o homem viva em paz (aqui na terra), e isto se chama salvação. Ela não serve para a pessoa se salvar e ir para o céu depois da morte. Com a religião sem superstições o homem se torna menos natural e mais espiritual, facilitando a boa convivência e o bem comum. O objetivo da igreja deve ser formar (como uma escola) homens pacientes, compreensivos, mansos, capazes de perdoar e tolerar. Homens mais inteligentes e racionais, e menos instintivos e emotivos, capazes de transformar a convivência numa união fraterna (irmãos em Cristo, portanto filhos de Deus).
        Aqueles que não aceitam a boa religião, ou aceitam a religião supersticiosa quase sempre se tornam agentes da confusão e falta de paz. Aqueles que não aceitam religião alguma e nem mesmo Deus, praticam a religião da 'não paz', seguem deuses que são contra a paz, e seus valores não são pacíficos.

Comentário 6:
        Fé e razão.
        A fé verdadeira é aquela que é ela própria, autêntica, pensada, querida racionalmente (escolhida). A obra é manifestação de uma fé querida, mas emocional, que precisa crescer para se tornar verdadeira e racional, e com as obras ela amadurecerá. A fé verdadeira faz passar do pensamento emocional, de reflexos e intuições para o pensamento racional de certezas e convicções, de modo que o homem pode viver no mundo, e não se contaminar com ele, porque conhece as consequências da vida do mundo, e ele não as quer. Conhece e segue o caminho que precisa seguir para atingir o objetivo da vida, que é viver 'o bem' espiritual, e não 'o bem' material. É a fé que faz o homem passar pela porta estreita da razão, saindo do emocional para o espiritual. Depois que passou a porta, o Reino se abre para ele. Ele não quer mais a vida emocional, sem inteligência, quer a vida na fé verdadeira que tudo pode (em espírito).
        As abelhas vivem no mundo interno, que é a colmeia. Saem pelo furo e buscam seu alimento no mundo externo, totalmente estranho para elas. Levam uma vida natural pelos instintos, como nasceram. Assim é o homem natural, vive por instintos. Impulsionado pelo instinto de sobrevivência da espécie, vai ao mundo espiritual prestar seu serviço assistencial (fazer sua obra), mas volta ao seu mundo natural. Mas Deus lhe deu inteligência, e quando ele perceber que o mundo espiritual é bom, deixará nascer em si a fé. A fé quando madura, faz com que ele saia definitivamente pela porta estreita da razão, e viva no mundo espiritual. Algumas filosofias, autoajuda e cibernética abrem para o homem 'janelas' e 'portais' que o levam a um mundo que não é diferente do real. Levam a um mundo fantástico, mas que é pura fantasia e projeção humana. Outras ações como moda, clubes, ritmos musicais e algumas igrejas, levam a comportamentos estranhos, que geram fé estranha a deuses estranhos, que dizem ser do bem.
        Só a porta estreita da razão ensinada por Jesus leva o homem a um local melhor (com perdão, paciência e misericórdia), sem guerras, sem competição, sem devaneios. Este local é o interior do homem, não o mundo interno material, com corpos espirituais; mas seu interior espiritual, invisível, sem corpos ou matéria, o mundo das virtudes. Porque a razão avalia (julga) tudo, e se assessorada pelo Espírito de Deus, só aprova o que é bom, e o homem volta à sua condição original.


CONVERSÃO

Síntese: Conversão é a mudança capaz de modificar a (personalidade) pessoa.

Comentário 1:
        A conversão é a mudança de ponto de vista capaz de mudar o jeito de viver da pessoa, não só na religião, mas em todos os aspectos da vida. Na religião a conversão tem que ser desejada. Assim se inicia o processo: Primeiro deve se reconhecer que é mau. Depois reconhecer-se pecador, e não querer mais pecar. A pessoa vai mudando aos poucos, deixando de fazer coisas más. Uma vontade abandonada envolve outra vontade que também tem que ser deixada, e às vezes a pessoa não quer deixa-la, porque gosta de fazer aquilo. Então vem o sofrimento do bem, que purifica, aproxima do bem, e faz crescer espiritualmente. Depois que este sofrimento passa vê-se que foi bom, pois Deus corrige com amor. Um bom exemplo de conversão são os grupos alcoólicos anônimos, onde as pessoas são alcoólicas, mas não bebem mais.
        Diz-se que Deus prova a fé, com sofrimento e dor, mas isto é inversão de valores, pois Deus é bom, e é incapaz de fazer mal, mesmo que seja para testar. Ele não prova, ele ensina, e o sofrimento se deve às nossas más ações e à falta de renúncia aos maus desejos. O Espírito Santo ensina, o convertido aprende, começa a entender coisas que não compreendia, e se aproxima da Santidade; a partir daí Cristo nasce nele, e o faz um ‘filho de Deus’, irmão de Jesus.

Comentário 2:
        Conversão Cristã é uma mudança de conceitos e atitudes que se tem depois que se muda o espírito do mundo pelo Espírito Santo. Ele dá uma nova visão da vida, e faz mudar comportamentos e atitudes. Ele faz mudar de natural para espiritual, de homem velho para homem novo, de instintivo para inteligente, de mal para bem. Faz mudar atitudes de odiar para amar, de atrapalhar para organizar, de aborrecer para acalmar, de vingar para perdoar, de explorar para ajudar, de brigar para apaziguar, de reclamar para orientar, de sujar para limpar, de adoecer para curar, de entristecer para alegrar, de depender para sustentar, e de morrer para viver.

Comentário 3 :
Resumindo conversão
           Normalmente se é abordado por (ouse aborda) uma pessoa para falar de religião, e querer sua conversão. Assim a palavra conversão tornou-se um termo religioso mal visto pelo mundo. Mas ela é uma palavra extensa a qualquer área dos relacionamentos. Ela faz parte da vida. O não religioso usa mais o termo convenção. Mas conversão e convenção são irmãs gêmeas. A conversão trata da adesão (mudança livre), enquanto a convenção trata de uma imposição (mudança obrigatória).
           Na conversão a pessoa muda referências e valores, porque quer se aprimorar, e é um processo demorado, pois sempre tem o que converter. Isto deixa a pessoa insegura. A conversão pode trazer insegurança (por causa da liberdade de mudar), enquanto a convenção dá segurança (por ser imposta sempre haverá um responsável por ela).
          Vantagens da conversão. Todo homem sempre quer convencer o outro a aderir às suas ideias, sobre qualquer assunto. Todos acham que sabem que são verdadeiros, e confiam nas suas ideias, pois confiar em si é uma necessidade psicológica que traz segurança e estabilidade. Quando jovem aprende-se a se conhecer, e a se aceitar, através de convenções (leis, costumes e tradições), e assim adquire confiança. Para quê então a conversão (mudar)? Porque o ponto negativo da convenção é que ela padroniza, e leva ao convencimento. A pessoa pode achar que seus valores são melhores que o do outro, e passa a desrespeitar o outro. A conversão é mudar a si mesmo, aprender a aceitar, entender e perdoar o outro, pois isto é o amor de Deus, a caridade. Um amor racional inteligente, e não um amor emocional, egoísta de querer dominar o outro. Ele é base para a convivência em paz e do progresso social. Então a conversão é uma virtude.
          Assim um médico pode ser ou não convertido à medicina, o engenheiro à engenharia, o professor, o músico. Todas as atividades bem exercidas (com amor) pelo homem são devidas à sua conversão (voluntária) àquele sacerdócio. Os maus profissionais são convencidos pela família, costumes, mídia e propaganda a seguir àquela carreira. Na escola aprende a profissão por convencimento, e não por interesse em aprender (conversão), e se tornam maus profissionais. As universidades formam profissionais e mestres pois esta é sua função, mas é a conversão (íntima, pessoal) que deixa o homem habilitado, porque a vida é religião. Isto é válido tanto para o mundo quanto para a igreja, e só um convertido será um bom mestre, então converterá outros.
          Quem pode se converter? Quem sente falta de seu deus. Mas o Deus autêntico é como um raio que cai na cabeça de uma pessoa. Um raio espiritual que não destrói, mas que traz luz e ciência. Um raio intenso e rápido, que o homem pouco consegue assimilar dele, mas o homem convertido está mais preparado para receber estas instruções.


AS MARCAS DOS DEUSES

Síntese: Os deuses se identificam para que os homens os achem.

Comentário 1:
        O homem é politeísta, e ninguém nasce ligado ao Deus Verdadeiro, pois foi desligado pela desobediência de Adão. Então o homem precisa querer se desligar do falso deus para voltar ao Deus Verdadeiro. Querer obedecer, e colocá-lo em primeiro lugar em sua vida. Isto é conversão. O homem deve ficar confiante, seguro, fiel e agradecido a Deus porque Ele o cria, guia e sustenta.
        A fé é uma atração de amor que faz o homem se entregar por completo, ao seu deus. Mas o Deus Único atrai todos sem distinção, e lhes mostra seu Espírito Santo, ou seja, o desejo de fazer tudo corretamente, mesmo quando se prejudica. A Santidade é a marca que Deus dá ao fiel para diferenciá-lo dos outros deuses, separando-o (salvando) para si. Mas os homens acham os outros deuses (muito, mas muito) mais atraentes.
        Os outros deuses também têm suas marcas identificadoras. Vou dizer algumas marcas para que você identifique o deus: silêncio e amizade/ oração e introspecção/ droga, sexo e rock/ tatuagem e piersing/ fumo e álcool/ luxo e ostentação/ corrupção/ violência, força e dominação/ solidariedade e ajuda humanitária/ família.


Comentário 2:
Perdão.
          A marca de Deus é o Espírito Santo, e a de Jesus é o perdão. Jesus disse que quem ama muito, muito perdoa, e quem ama muito merece também muito perdão. Associando perdão e amor, vê-se como é difícil amar, porque quando amamos perdoamos. Não se ama a quem não se perdoa. A pessoa que perdoa se desprende das coisas materiais e emocionais, porque tudo é exigido dela, e ela deve ceder e perdoar, dar a outra face, entregar também a túnica. Isto refina o lado emocional da pessoa, a faz ser inteligente e racional, e se tornar um filho de Deus, filho da inteligência (e deixa de ser filho de macaco como se aprende, e se afirma ser).


SERVIÇO RELIGIOSO

Síntese: O serviço religioso é o exercício do amor gratuito a Deus.

Comentário 1:
        Serviço é tarefa executada por servos. Servo é quem presta um serviço gratuito. O serviço religioso é prestado a Deus na forma de oração, estudo bíblico e evangelização. O melhor serviço é dar o exemplo colocando em prática os ensinamentos. Ser cristão é prestar serviço a Deus seguindo os ensinamentos de Jesus. Não podemos servir outros deuses (seguir outros ensinamentos) quando nos dedicamos a Deus. Exemplo de serviço a outros deuses: agremiações, torcida organizada, fã clube, militância, clubes, às vezes até serviços na igreja, etc.
       Ensina-se que servir a Deus é prestar trabalho voluntário, ou fazer doações materiais à comunidade. A pessoa vai à comunidade faz uma operação presença, pouco produz, e vai embora achando que serviu a Deus. Isto é serviço público, não a Deus, porque o serviço a Deus tem que ser por amor ao próximo (ao indivíduo). Aquele que serve deve ter por objetivo a melhora do servido. O objeto do serviço é o amor a Deus e ao próximo, e não pode ser substituído pelo amor à comunidade, à igreja, ou a interesses. Nestes casos o serviço deixa de ser espiritual, e passa a ser material. Deixa de ser serviço, passa a ser trabalho.
       Mesmo no trabalho (remunerado) deve-se colocar Deus em primeiro lugar. Trabalhar como se o serviço fosse feito para Ele. Fazer tudo com amor e seriedade, dando o melhor de si. Assim o trabalho mesmo remunerado passa a ter valor de serviço a Deus.
O salmo 127, diz: ‘Se Javé não edifica a casa, em vão trabalham os que a constroem’. Servindo com amor e desprendimento é que o servo cresce, e encontra Deus, porque servir aos outros é a justiça, e o bem comum é dever de todos. Em linguagem religiosa, uma das condições para o serviço é a fé. Ela traz o conhecimento da santidade pelo Espírito Santo que nos ensina a caridade. A caridade é a necessidade de se doar por Deus, é o amor mais puro que existe. Ela dá a vontade de mostrar Deus ao irmão, e leva a querer servir a comunidade para lhe mostrar Deus. O serviço cristão não é dar apoio material (casa, comida, remédio, cultura, etc.) à comunidade, mas o principal é dar o apoio espiritual, mostrar Deus. A obra material se faz depois. Jesus disse: ‘Busque primeiro o reino de Deus e sua Justiça, e todas estas coisas serão somadas'.
       Quando só se dá apoio material sem ensinamento espiritual (evangelho) é sinal de que se está deixando Deus de lado, e a obra é vaidade. Neste caso a comunidade não vai crescer espiritualmente, e nem materialmente. O serviço por vaidade oprime a comunidade assistida, e muitos fazem isso para mantê-la submissa. É o caso do curral eleitoral, da compra de voto.
Explicando. As obras feitas sem amor são ‘assistenciais’, e não atacam as causas. Já obras feita por amor a Deus, conseguem atuar nas causas. O provérbio popular ‘Não dê o peixe. Ensine a pescar’, mostra bem esta situação. Então faça por amor a Deus, ensine o próximo a pescar, e ele crescerá. Se der o alimento todo dia não resolverá o problema. É preciso lhe ensinar trabalhar para viver. O servidor e o servido devem procurar juntos o ‘reino de Deus’, orando, reconciliando entre si e com Deus, deixando o apego às coisas e o comportamento instintivo e emotivo, fazendo uma conversão verdadeira interessada na santidade.
        O apóstolo Paulo ensina que só a fé salva, enquanto Tiago afirma que sem obras a fé não vale nada. Isto causa uma polêmica na igreja, uns querem obras, outros querem fé. Mas os dois tem razão. O que ambos querem dizer é que a fé sem obras é vaidade, a pessoa diz ter fé, mas não se converte nem se entrega, e sua fé é falsa. E a obra sem fé também é vaidade, porque agindo assim a pessoa despreza Deus. Nos dois casos é preciso a conversão, pois Deus não avalia a obra, mas a obra tem que ser feita. Deus avalia a fé, a intenção e o motivo pelo qual a obra foi feita (o espírito que impulsionou a pessoa a fazer a obra), para que não haja servo que se julgue mais importante por causa de suas obras. Deus olha a fidelidade do servo, se faz as coisas para a glória de Deus ou para a glória própria. Por isto cuidado com os falsos deuses, com a falsa fé, e com as obras interesseiras.

Comentário 2:
Liderança e chefia
        Na religião servo é aquele que serve, que faz, e que sabe fazer. Uma pessoa assim é um líder. Então o servo é um líder, e não um serviçal como acham os que não conhecem o serviço a Deus. Se o servo 'sabe' significa que conhece, e se 'faz' significa que é movido por um espírito, que no caso do servo fiel é o Espírito de Deus, e no caso do servo egoísta é o espírito de vaidade.


A IGREJA E A IDOLATRIA

Síntese: A idolatria é infidelidade e traição.

Comentário 1:
Infidelidade da Igreja.
        O homem é politeísta por natureza. Na antiguidade se tinha por deuses animais, imagens e forças da natureza. Só o judeu antigo era monoteísta, mas era por tradição; por isso a maioria deles não entendia bem o Deus Javé, e o traía com deuses pagãos. Ainda hoje o homem é assim, se diz fiel, mas trai Deus com ídolos. Os principais ídolos de hoje são: dinheiro, poder, trabalho, consumo, posses, pessoas mortas, objetos sagrados, imagens, clubes, crenças, pessoas místicas, celebridades, mitos e até mesmo igrejas. A tendência politeísta do homem é agravada pela infidelidade da igreja, que absorveu tradições e ensinamentos pagãos.

Para servir à verdade e ao bem, a igreja deve:
       - converter à Bíblia
       - ser escola da Bíblia sem as tradições.
       - levar Deus e o evangelho aos pobres e excluídos.
       - levar a comunidade a conhecer o Espírito de Deus, para crescer na fé, na esperança e na santidade.
       - levar a comunidade a ser fiel aos valores cristãos.
       - levar a comunidade a alcançar autonomia em suas obras.
       - formar servos de Cristo (e não servos da igreja).

Comentário 2:
A idolatria.
        O primeiro e segundo mandamentos de Deus são (Ex20):
‘Não terás outros deuses diante de minha face'.
'Não farás para ti escultura, nem figura alguma. Não te prostrarás diante delas, e não lhes prestará culto’.
        Do livro Sabedoria (14,12):
‘Foi pela idealização dos ídolos que começou a apostasia, e sua invenção foi a perda dos homens. Eles não existiam no princípio, e não durarão para sempre; a vaidade do homem os introduziu no mundo. Um pai aflito, por um luto fora do tempo, manda fazer a imagem do filho cedo arrebatado, e honrou em seguida como a um deus aquele que não passava de um morto, e transmitiu aos seus os ritos secretos e cerimônias. Esse costume ímpio, tendo se firmado com o tempo, foi depois observado como lei’.
        A inteligência do homem (alma) constrói ideais para solucionar seus problemas conforme suas necessidades e carências, mas não se pode tomar estes ideais como deuses. Só o amor a Deus é verdadeiro, e amar um ideal é ideologia, idolatria.


SALVAÇÃO

Síntese: Salvação é viver sob a proteção de Deus, que livra dos sofrimentos diários.

Comentário 1:
        Fala-se muito em salvação, mas o que é salvação? Salvar de que? Em ecologia salvar o planeta quer dizer que é preciso conservar a natureza, para não haver desequilíbrio, pois isso seria ruim para a humanidade. Salvar o planeta é cuidar dele, e não destruir a vida. Este ponto de vista é material, mas a religião trata do aspecto espiritual (moral), que é a destruição do homem. Então a salvação consiste em salvar o homem do mal que o afeta, mal causado por ele mesmo, pela falta de educação (orientação). A autodestruição e os problemas sociais vêm da má educação. Não se ensina sobre amor, respeito, renúncia e perdão, e quando se ensina logo se esquece. O homem continua natural e indomado, e usa os instintos mais que o necessário. Valoriza muito a competitividade, e quer vencer sempre. Gosta e cultiva coisas más, como egoísmo, desrespeito, vícios e violência. Ele precisa se livrar disto, e este livramento é a salvação.
        Algumas pessoas dizem que o homem não é mau, ou que a maldade é necessária à vida. Nem imaginam uma sociedade vivendo em paz. Creem que viver agitadamente é bom e é sinal de progresso. Apoia a maldade sem restrições, e com esse apoio o mal se torna invencível. As pessoas acham que não devem mudar suas atitudes, pois assim é certo e bom. Mas neste modo de vida voluntarioso, a realização de um é o sofrimento do outro. A vitória de um é a derrota do outro. A riqueza de um é a pobreza do outro. Se os viciados deixassem seus vícios (beber, fumar, drogar-se, jogar, levar a melhor, desvio de conduta, etc), haveria menos violência. Reclama-se da violência, mas ninguém deixa seu vício, que é a causa dela. Reclama-se da poluição, mas ninguém deixa seu carro, que é a causa dela. Em religião. Se todos deixarem de pecar não haverá maldade, e viverão no céu, aqui na terra, e estarão salvos da violência e da corrupção social. Mas o homem quer o impossível, que é a salvação depois da morte, enquanto aqui na terra continuam errando e sofrendo as consequências.

Comentário 2:
        O homem precisa de Deus para salvá-lo das situações que o faz sofrer, faz se sentir incompleto, insatisfeito e sem qualidade de vida. Ele conhece e aceita o sofrimento que acontece em todos os meios, no político, no social, no econômico e no psicológico. Não vê solução, perde a esperança. Mas a salvação acalma, completa, preenche, tranquiliza e dá inteligência ao homem; e só a partir dela é que se tem vida, pois ela completa o ser. Engana-se quem acha que não precisa de Deus, mas reclama, e está insatisfeito, pois quem se entrega a Deus não precisa de mais nada.

A salvação protege do mal, e este mal tem três origens:
- O mal que vem do homem devido a sua imprudência (pecado).
- O mal que vem do homem devido a sua ignorância (falta de conversão).
- O mal que vem de outro e o atinge (oportunidade para perdão e compaixão).

A salvação consiste em:
- Entender que o homem é a origem de todo o mal.
- Assumir que é pecador, e por isso atrai o mal.
- Reconhecer os pecados, incluir falta de educação, desrespeito, vícios simples, tendências e mau comportamento.
- Arrepender-se e abandonar estas atitudes (converter-se).
- Nascer de novo (ocorre após várias conversões), viver nova vida, com nova alma, orientado por novo espírito: o de Jesus.

Comentário 3:
A proteção
        A salvação é uma proteção que Deus dá aos que procuram ser justos (segui-lo), e se esforçam em compreender o próximo, seja amigo ou inimigo. A compreensão torna inimigos em amigos, pois quem compreende ama, quem ama perdoa, e o perdão justifica. Justiça é imitar Cristo que compreende, ama, perdoa e justifica. A justificação (perdão) é requisito para a salvação, e quem perdoa é justificado por Jesus.
       A salvação é uma proteção que afasta problemas, vícios, más companhias, pecados, e ajuda a cumprir os mandamentos. Ela não deixa as coisas externas invadir, e contaminar o interior do homem. Ela dá o ambiente para encontrar Deus, dedicar-lhe os pensamentos e o tempo, e gozar a verdadeira vida. Ela é um escudo onde o mal não passa, e quando passa não tem poder, e não causa dano porque não acha espaço.
        O pensamento voltado aos mandamentos de Deus cria no cérebro ligações de neurônios, de reflexos e atitudes positivas, que deixam os malfeitores sem ação. Suas maldades são recebidas com sabedoria (compreensão e paciência), que os desarma e afasta, e às vezes os converte. De qualquer forma ela livra da malícia. Jesus disse que se baterem numa face deve-se dar a outra para bater, até que o agressor desista (ou o agredido morra), e ele é o exemplo, morreu por nós. Não há nada que justifique a violência, e a paz é motivo suficiente para se perdoar. O agressor pode desistir de sua violência, e refletindo sobre seu ato se arrepender, e assim começaria sua conversão.
        Quem sofre por ter que renunciar uma certa atitude, está em conversão, mas um dia o sofrimento acaba, e começa vida nova, então sentirá prazer. É o início da salvação e gozo do reino de Deus agora.
        O mandamento de ‘amarmos uns aos outros’ afasta as ações instintivas, que causam dor e sofrimento, assim faz com que o perfeito prevaleça sobre o imperfeito. Ensina conhecer o bem, a bondade, a paciência e a santidade de Deus. Inspira a imitá-lo, e querer ser seu ‘semelhante’, conforme fomos criados. Faz ser outra pessoa, pensando, e fazendo o que é melhor para o próximo. Passa-se a ser educado e respeitador, menos ignorante, bruto e violento. Coletivamente, este mandamento leva à organização e à solução dos problemas comuns. Leva os administradores das empresas e os governantes a se preocuparem com o bem comum, o combate à corrupção, à fome, à miséria, e melhoria da qualidade de vida de todos. Isto é um dos aspectos da salvação. Observe que os países com melhor qualidade de vida são aqueles onde as pessoas se respeitam mais. Se respeitarem também a Deus eles serão ainda melhores. Pode-se concluir que a salvação traz qualidade de vida e progresso econômico.
        Enfim os cidadãos procuram melhor qualidade de vida, mas devem respeitar as leis, os direitos dos outros, e exigir respeito. Então todos têm como obrigação viver como manda Jesus, amando-se uns aos outros. Pois sem ação (espírito) o conhecimento é improdutivo, não há sabedoria, e não vale nada. Dizem que a prática é diferente da teoria, mas entre saber e fazer está a fé, a capacidade de entender e cumprir as obrigações, a fidelidade, o propósito de realmente querer fazer o que deve ser feito, e não a própria vontade. A diferença da teoria para a prática é a capacidade e eficiência da pessoa. Deus nos capacita para fazer suas coisas desde que se esteja disposto a fazê-las. A vontade de Deus é que o homem siga seus mandamentos, assim a vontade própria dará lugar à vontade dele, que é Cristo. Mas ninguém aceita a anulação da sua vontade. Sempre quer ‘fazer alguma coisa’ para mostrar sua grande inteligência e capacidade. Gosta de disputar, vencer, se ocupar, se movimentar, e brilhar. Quer correria, vida agitada, confusão e emoção, e isto atrasa o crescimento espiritual e o desenvolvimento sócio político. Eclo 38,25 diz: ‘aquele que pouco se agita adquirirá sabedoria’.

Comentário 4:
Os instintos ajudam a driblar a morte.
        O homem natural valoriza a morte, pois tem medo de morrer. Os instintos ajudam a driblar a morte, e o homem deixa que os instintos o domine. Ele deve se esforçar para não ser instintivo, mas um homem novo, espiritual. Espiritualmente quem tem valor é a vida, e ele viverá para viver bem, em paz e com qualidade. Se o homem natural vive pela morte, o espiritual vive pela vida, e a vida se torna uma escola onde se aprende a deixar de ser instintivo (natural) para ser espiritual.
        A vida natural depende do tempo (de nascer, crescer e morrer), e a morte é sua inimiga. A vida espiritual depende de ‘ser’ o que Deus quer, seguindo os mandamentos para construir o Reino de Deus, onde o que tem valor é a vida em Deus.
Disse o apóstolo Paulo: ‘Porque para mim o viver é Cristo e o morrer é lucro’. Fl1,21.
        Se perguntam: Quem precisa de salvação? Respondo: todos. Pois se somos fortes em algumas coisas, somos fracos em outras. Logo tanto os fortes quanto os fracos necessitam da proteção de Deus, pois todos têm um ponto fraco. O mal está em nós, e onde somos fortes somos maus, pois a força é instinto de domínio (autoritarismo, desrespeito e exploração). Na fraqueza também se é mau, pois ela é instinto de sobrevivência.
        Todos são irmãos em Deus, e dele vêm graças e bênçãos sem discriminação. Cabe a cada um identificar a ação de Deus em sua vida, e aceitá-la com fé e confiança, pois ela é a salvação dos males. Deus quer o homem puro, bom e respeitador (de si, dos outros, dos animais e da natureza), mas sabe que o homem quer o contrário, e acha difícil viver o bem. Viver bem para o homem é ser poderoso, mas isto não é viver o bem.

Comentário 5:
O conhecimento e a salvação.
            O homem quer o conhecimento, pois acredita que o mesmo pode salvá-lo, já que é pelo conhecimento que as ciências e a tecnologia crescem, e a tecnologia pode salvar. Mas não é bem assim. Quem salva é Deus, tanto que hoje já se percebe o valor da tecnologia, mas não se vê a salvação por ela, pois as invenções têm consequências boas e más.
            Na religião, Adão pecou ao procurar o conhecimento comendo o fruto da árvore do conhecimento. O bem ele conhecia, pois estava no Paraíso, então sem querer abriu as portas para o conhecimento do mal. Jesus veio para desfazer a ação de Adão, ou seja, trazer de volta o conhecimento do bem que foi abandonado por Adão. No batismo Jesus recebeu o Espírito de Deus, passou a ter o conhecimento do bem, e a proclamá-lo. Foi tentado e resistiu. Rechaçou cada tentação com o conhecimento que recebeu. No jardim do Getsêmani ele foi tentado pela última vez. Não teve o conhecimento necessário, e sofreu a ponto de pedir a Deus que afastasse dele o cálice da morte. Mas percebeu que o conhecimento não salva, corrigiu-se, e pediu que tudo fosse feito conforme a vontade de Deus. Assim recobrou a inteligência divina no grau máximo, tornando seu ser divino. Mesmo assim Jesus foi crucificado.
            Adão que desobedeceu, e deixou o ambiente divino para obter ‘conhecimento’, é corrigido por Jesus que obedeceu até esgotar seu conhecimento. Ele morreu, pois esta era a condição (que estava nos planos de Deus) para ser santo, perfeito, sábio, Senhor dos homens. Deus salvou Jesus, e seu conhecimento serve de caminho e orientação para a salvação de todos os homens que aceitarem.



AS FASES DO HOMEM

Síntese: O homem está em transição de humano para divino. A criatura à procura do Criador.

Comentário 1:
        Homem natural e o espiritual.
       O homem natural é instintivo, ignorante, e não quer se elevar. O espiritual é racional, quer seja para o bem ou para o mal, dependendo do seu deus.
       As fases do homem quanto ao conhecimento são: instintivo (rude), comum (ordinário), racional (idealista, inteligente), livre (sábio) e santo.

Instintivo – É aquele que vive no instinto, age por impulso sem refletir. Tem uma vida ativa e muitas preocupações materiais (família, trabalho, diversão, etc), sem tempo para a reflexão. É voluntarioso, lutador, não aceita perder, quer ser o melhor, vencer de qualquer jeito. Por falta de reflexão se afasta de Deus, e não usufrui das graças que lhe são dadas. Pratica uma religião superficial achando o cumprimento da lei equivalente a carregar uma cruz, num caminho estreito e de sofrimento. Considera SER uma posição social. É escravo da matéria, ignora o valor das coisas, e as experimenta apenas sob o aspecto material.

Comum – É aquele que vive ora no impulso, ora na razão. Mantém uma vida ativa, mas sabe aceitar derrotas. Age com ética. Pratica uma religião ligada às devoções supersticiosas. Sente que o cumprimento das leis não é tão pesado como pensava, e que em alguns casos é até agradável. Usufrui de algumas bênçãos e graças. Ele conhece as coisas, mas não as entende. E para ele SER é ter a felicidade agora. Goza de paz e alegria que conquistou.

Racional ou Idealista – É aquele que vive com inteligência e lógica. Tem o pensamento educado, e segue as leis. Quando filósofo é pessimista e frustrado com a humanidade devido à falta de racionalidade dos homens. Quando religioso é aplicado, e se preocupa em merecer bênçãos e salvação. Ainda não está livre do pecado, mas conhece e entende as coisas. Para ele SER é viver fiel aos princípios da moral, ou de um ideal.

Livre – É aquele que consegue identificar a natureza das ações (as finitas e as eternas), e isto o faz livre para escolher, optando pelas coisas eternas. Vive na fé e na esperança do Reino de Deus. É um sonhador, um poeta, e tem forte expressão religiosa. Percebeu que as dificuldades sofridas servem para arrancar o pecado, e salvar dos problemas humanos. Foge do pecado, pois quer uma vida pura e livre. Libertado do pecado, vê que a vida com Deus é sem peso, agradável, cheia de alegria e satisfação. Vive no descanso sabático de Deus. Reconhece que o caminho é estreito, mas bem agradável, e que não precisa ser mais largo. É sempre disponível para ajudar os outros com alegria, pois compreende e domina as coisas. Sabe que dar e distribuir esvazia o homem, e leva à libertação. Entende SER como viver para o bem dos outros. Goza de paz, alegria e felicidade que são bênçãos de Deus.

Santo ou Modelo – É aquele que chega a SER, perde sua natureza humana por completo, e assume a divina, em vida terrena. O mal foge dele onde quer que vá. Jesus e Moisés são os modelos na caminhada para Deus. Jesus, o Messias, mensageiro de Deus para os homens. Já adulto foi se batizar com João Batista, e recebeu o Espírito Santo. A partir daí, iniciou sua missão de trazer a boa notícia (paz) aos homens. O tempo atingiu a plenitude, e findou o prazo para o povo se adaptar a lei. Chegou a hora de inaugurar o Reino de Deus na Terra. Trouxe o Espírito Santo para os homens. Ensinou que a santidade (renúncia, paz e paciência) é a solução (salvação) para a humanidade. Mas não foi entendido. Foi perseguido, condenado e morto. Sua morte simboliza a injustiça (pecado) do homem, e por causa disso, Jesus foi designado, por Deus, Rei (Senhor) da humanidade.

Comentário 2:
        A Bíblia (parábola do semeador Mt13,1) cita quatro tipos de solos, os quais representam os quatro tipos de homem que recebem a instrução divina. Estes são o solo da estrada (o homem instintivo), o solo pedregoso (o homem comum), o solo com espinhos (o homem racional) e a terra boa (o homem livre). Na terra boa a semente dá 100:1, 60:1 e 30:1, o que quer dizer que o homem livre pode ter vários graus de liberdade, ou seja 'conhecimento' até ao máximo de 100:1, que seria o homem 'santo' ou 'modelo'.


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